Lingüística Textual - Analise do material didático
Lingüística textual –coesão textual
Fatores padrões de textualidades
Centrados no censuário 7
1 Informatividade
Espera-se, dessa forma, que o discurso nele abordado faça com que o interlocutor, a
depender dos argumentos firmados, deposite toda credibilidade a ele indispensável, buscando
com isso ampliar os conhecimentos e, conseqüentemente, manter-se informado acerca de
assuntos diversos. Assim entendido, cumpre ressaltar que essa diversidade de informações
contidas tanto no discurso oral quanto no escrito se caracterizam tão somente pela
informatividade.
2 Situcionalidade
No contexto textual, a situcionalidade diz respeito à relevância e/ou no texto. É ainda a
adequação do texto á situação sócio comunicativa Ou seja, todo texto é produzido num
determinado fim. Esse momento em que é descrito o seu objetivo, é que constitui, entre
outros elementos, a situação (contexto).
3 Intertextualidade
Acontece quando há uma referência explícita ou implícita de um texto em outro. Também
pode ocorrer com outras formas além do texto, música, pintura, filme, novela etc. Toda vez
que uma obra fizer alusão à outra ocorre a intertextualidade.
Apresentam-se explicitamente quando o autor informa o objeto de sua citação. Num texto
científico, por exemplo, o autor do texto citado é indicado, já na forma implícita, a indicação
é oculta. Por isso é importante para o leitor o conhecimento de mundo, um saber prévio, para
reconhecer e identificar quando há um diálogo entre os textos. A intertextualidade pode
ocorrer afirmando as mesmas idéias da obra citada ou contestando-as. Há duas formas: a
Paráfrase e a Paródia.
Paráfrase - Na paráfrase as palavras são mudadas, porém a idéia do texto é confirmada pelo
novo texto, a alusão ocorre para atualizar, reafirmar os sentidos ou alguns sentidos do texto
citado. É dizer com outras palavras o que já foi dito.
Paródia - A paródia é uma forma de contestar ou ridicularizar outros textos, há uma ruptura
com as ideologias impostas e por isso é objeto de interesse para os estudiosos da língua e das
artes. Ocorre, aqui, um choque de interpretação, a voz do texto original é retomada para
transformar seu sentido, leva o leitor a uma reflexão crítica de suas verdades incontestadas
anteriormente, com esse processo há uma indagação sobre os dogmas estabelecidos e uma
busca pela verdade real, concebida através do raciocínio e da crítica. Os programas
humorísticos fazem uso contínuo dessa arte, freqüentemente os discursos de políticos são
abordados de maneira cômica e contestadora, provocando risos e também reflexão a respeito
da demagogia praticada pela classe dominante.
4 intencionalidade
Intencionalidade Discursiva nada mais é do que a verdadeira intenção que há por trás de
alguma mensagem ou informação.
O que é intenção? Bem, vamos supor que eu sou um candidato à presidência da república e,
nas vésperas das eleições eu resolva dar, do nada, uma geladeira para um pobre. A verdade
nua e crua é que eu estou dando a geladeira a ele porque eu estou interessado no voto do
pobre e não porque eu sou "bonzinho". Essa é a minha verdadeira intenção: conseguir votos.
Às vezes é comum nos depararmos com um determinado texto ou informação que diz uma
coisa, porém lá no fundo o seu objetivo é dizer outra. A verdadeira mensagem é a
intencionalidade discursiva de seu autor. É por isso que é muito comum encontrar questões
que perguntam a respeito da intencionalidade discursiva.
5 aceitabilidade
A aceitabilidade está ligada ao receptor em entender o texto como um todo coerente e
significativo, ou aceitar o que está no texto. A aceitabilidade constitui a contraparte da
intencionalidade. [...] quando duas pessoas interagem por meio da linguagem, elas se
esforçam por fazer-se compreender e procuram calcular o sentido do texto do(s) interlocutor(
es ), partindo das pistas que ele contém e ativando seu conhecimento de mundo, da situação,
etc. Assim, mesmo que um texto não se apresente, à primeira vista, como perfeitamente
coerente, [...] o receptor vai tentar estabelecer a sua coerência, dando-lhe a interpretação
que lhe pareça cabível, [...].
IMPLÍCITOS TEXTUAIS
Pressupostos
Os pressupostos são identificados quando o emissor veicula uma mensagem adicional a partir
de alguma palavra ou expressão. Há vários tipos de palavras com esse tipo de "poder". Eis
alguns tipos:
-O concurseiro deixou de sair aos sábados para estudar mais.
(pressuposto: o concurseiro saía todos os sábados.)
Pessoas que fazem cursinhos passam mais rápido.
(pressuposto: há pessoas que não fazem cursinho)
Rodolfo Ilari, no livro Introdução à Semântica: Brincando com a Gramática, apresenta a
seguinte dica:
“Sempre que certo conteúdo está presente tanto na sentença como em sua negação, dizemos
que a sentença pressupõe esse conteúdo.”
Basta utilizarmos a dica do autor nos exemplos acima para percebermos a sua aplicabilidade.
6 coesão
Fui à praia. Comprei um sanduíche na praia. Assaltaram-me na praia. Voltei à pé para casa.
Veja que esse trecho está sem coesão. Ele é formado por orações fragmentadas e soltas que
poderiam ser organizadas num único período (ao invés de usar três pontos finais, poderíamos
usar apenas um). A falta de coesão numa redação significa um texto fragmentado.
A ferramenta fundamental para garantir a coesão textual é a conjunção. Vejamos alguns
exemplos de conjunções: e, nem, não só... Mas também, não só... Como também, bem como,
mas ainda, mas, porém, entretanto, todavia, contudo, ou, assim, logo, portanto, pois, por
conseguinte, por isso, visto que, já que, uma vez que, como, desde que, se, caso, contanto
que, desde que, salvo se, sem que, a menos que, conforme, segundo, consoante, embora,
apesar, conquanto, posto que, ainda que, mesmo que, quando, enquanto, logo que, desde
que, assim que, a fim de que, quando, enquanto, logo que, desde que, assim que... E a lista
não para de crescer. Cada uma dessas conjunções expressa algum tipo de circunstância, que
pode ser finalidade, conclusão, acréscimo de idéias, comparação e por aí vai.
Não vamos decorar a classificação das conjunções, mas sim ver na prática como elas
funcionam. Veja que esse novo exemplo "flui". Não está fragmentado e usamos a palavra
"praia" apenas uma única vez. É esse o poder da coesão: "costurar" o texto, sem deixá-lo
fragmentado.
7 coerência
Garantir a coerência textual é fazer com que as idéias se completem, ou seja: é fazer com
que o raciocínio seja linear, que os argumentos estejam concatenados (interligados,
associados, etc.) e que uma idéia seja a continuação de outra. Geralmente, a incoerência
ocorre quando o leitor se pergunta: mas o que o autor desse texto quis dizer com isso? Ou
então, quando as idéias são contraditórias ou quando uma não tem nada a ver com a outra.
Ainda existe o caso "bola de neve", quando um assunto vai puxando outro e, no final, o que
temos é uma bela salada de argumentos soltos.
Texto é lugar de interação de sujeitos sociais que nele se constituem e são constituídos
dialogicamente;
Leitura é uma atividade de captação das idéias do autor, sempre levar em conta as
experiências e os conhecimentos do leitor.
O Contexto é um conjunto de suposições, baseadas nos saberes dos interlocutores,
mobilizados para a interpretação de um texto.
Processo de Produção e compreensão
Macroestrutura/microestrutura/superestrutura
Contextuais – externos (coerência)
Cotextuais – internos (coesão)
Superficial – coesão textual (processamento textual (processo mais conhecimento)) ordem
cognetica - organização do pensamento
Lingüística- léxico e gramática
Macroestrutura – contexto – conhecimento de mundo (enciclopédia)
Microestrutura – coesão textual – ligação (pronomes, nomes, substantivos, conjunções, etc.
(liga uma oração a outra)
Estrutura da gramática
Coesão
Referenciação – retomada ou antecipação
Anáfora – primeiro o referente e depois a coesão
Catáfora – primeiro a coesão e depois o referente
Referente – elemento de coesão (anafórico/catafórico)
Coesão – seguenciação –conjunções, pronomes definido demonstrativo