Estudo das línguas a partir da perspectiva diacrônica
O estudo diacrônico tem como objetivo pesquisar o uso da língua no decorrer do tempo. A língua portuguesa como qualquer outra língua sofre mudanças com o passar das gerações dos seus falantes. Como por exemplo: a expressão “Vossa Mercê”, que virou “Vosmicê”, que deu “Você” e que algum dia talvez vire apenas “Cê”.
Em pesquisa de manchete de jornal da década de 1930 observa-se a ortografia de algumas palavras escritas de maneira diferente :

Nas palavras “Alemão, Aceita, Anulação, Diretas e telegráfico” a forma em que são escritas se difere da atualidade, porém as suas pronúncias permanecem iguais. Observa-se que diferente destas palavras citadas, outras alteram-se não apenas a forma escrita como também a falada.
O português arcaico como pesquisa do estudo diacrônico
Muitas palavras do português arcaico continuaram no português moderno, tanto no Brasil quanto em Portugal.
Todos os dias surgem novas expressões vindas de outras nacionalidades, havendo consequentemente uma assimilação de palavras, que acabam ficando no dia-a-dia dos falantes, mas esse fenômeno é perfeitamente aceitável.
Observa-se no exemplo abaixo o quão era diferente o português arcaico do português contemporâneo:
Todos os dias surgem novas expressões vindas de outras nacionalidades, havendo consequentemente uma assimilação de palavras, que acabam ficando no dia-a-dia dos falantes, mas esse fenômeno é perfeitamente aceitável.
Observa-se no exemplo abaixo o quão era diferente o português arcaico do português contemporâneo:
O trecho abaixo foi escrito na segunda metade do século XIII. Trata-se de uma carta comunicando à chanceleria do rei Afonso III a intenção do Concelho (distrito) de Abrantes de refazer e inaugurar um muro, naquele concelho (os documentos de chanceleria, a cujo conjunto pertence o texto, constituem um importante acervo de documentos medievais que se preservaram até os nossos dias). Ilari e Basso (2006).
"Carta dos Juyzes do Concelho de Aurãtes p(er)a faz(er)em e refazere o Muro do dito Castelo de Aurãtes. Conoscã todos aq(eu)les q(eu) esta uir~e e ouuir~e q(ue) nos Juyzes e Concelho de Aurãtes de nossas liures uoontades entendendo a faz(er) nossa p(ro)l de nossos corpos e de nossa t(er)ra e de nossos aueres ficamos e outorgamos que façamos e refaçamos o Muro de Castelo de Aurãtes…"
Tradução para o português moderno
Carta dos Juízes do Concelho de Abrantes para fazerem e refazerem o muro do dito Castelo de Abrantes. Conheçam todos aqueles que esta virem e ouvirem que nós, Juízes e Concelho de Abrantes, de nossa livre vontade, no intento de fazer o melhor proveito de nossos corpos, de nossas terras e de nossos haveres, estabelecemos e decidimos que façamos e refaçamos o muro do Castelo de Abrantes…
Fonte deste exemplo encontra-se em:
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